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O "Caso Cyril Burt---no qual o distinto psicólogo, o primeiro a ser condecorado, foi acusado de fraude--- tomou um rumo definitivo quando a biografia "oficial" de Leslie Hearnshaw foi publicada em 1979. Ostensivamente baseada nos extensos papéis de Burt, depositados em Liverpool, presumiu-se que fosse definitiva. Ainda é o único.
Hearnshaw não só não refutou as acusações de fraude, como também acrescentou outras acusações. Arthur Jensen, obviamente relutante em mergulhar nos papéis ele mesmo, preferiu aceitar as conclusões com tristeza e seguir em frente, envergonhado por ter confiado nos dados de Burt. Hans Eysenck de repente lembrou que Burt (a quem ele já havia defendido veementemente antes) tinha sido muito cruel com ele quando era seu aluno e se exibia sob os holofotes. Nada aqui dá muito crédito aos envolvidos.
Entre as acusações adicionadas por Hearnshaw: que Burt exagerou seu papel pessoal na gênese inicial da Análise Factorial; e que seu diário demonstrou que ele não poderia ter coletado seus dados quando disse que o fez. O problema, porém, era que Hearnshaw não sabia nada sobre Análise Fator, como uma das alunas de Burt, Charlotte Banks (na época, 1983, sua única defensora ativa), foi rápida em destacar. Ela poderia ter acrescentado que todo homem faz negócios por conta própria e deve reivindicar o crédito onde puder, a menos que seja um encolhido disposto a se submeter à misericórdia de Leslie Hearnshaw, detalhando a história de um campo que ele não entende. Uma década depois, quando Steve Blinkhorn reexaminou essa história, concluiu que Burt era (mais ou menos) preciso ao descrever seu próprio papel.
Demorou um pouco mais para a história sobre os diários ser analisada, já que poucas pessoas estão dispostas a viajar para Liverpool para verificar esse tipo de afirmação (tenha isso em mente ao ler biografias no futuro) ou obter fotocópias suficientes. Quando Robert Joynson e Ronald Fletcher fizeram isso em meados dos anos 1980, descobriram que Hearnshaw estava falando (efetivamente) sobre uma agenda com entradas escassas, do tipo que quase qualquer um mantém de forma intermitente, como Burt fez. Algo não estar lá não significa nada. A maior parte está em branco. Adeus a isso.
Mas o mais bizarro de tudo foi a acusação feita por um acadêmico rival repetida por Hearnshaw com toda seriedade: que Burt continuava discutindo com ele. O homem nunca admitiria o ponto! Ele só continuava voltando com contra-argumentos indefinidamente. Definitivamente patológico! Existe muito desse tipo de bobagem. Alguém poderia encher um livro ainda mais longo do que Hearnshaw triturando-o até virar ração de cachorro.
Agora percebe-se que Hearnshaw era um homem um tanto entediante (ou preguiçoso), mais interessado em captar a onda de opinião do que redirecioná-la. Em uma troca de cartas com Joynson, ele se contentou em tentar exercer seu posto (sim, senhor!) Sua conclusão foi uma mistura fútil de natureza e criação: Burt era mentalmente instável por causa de ascendência mista (europeia) e estava imerso demais na cultura Cockney gamin (como psicólogo escolar de Londres) para seu próprio bem. É reconfortante perceber que esse tipo de coisa era considerada biografia de uma grande figura científica tão recente quanto 1979.
Então agora continuamos na situação de que a única biografia completa de Burt não vale nada.

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