O que mais me irrita na situação de Minnesota não é nem mesmo a fraude, mas a pura ingratidão por trás dela. Acabei de passar várias semanas no Vietnã, um país onde as pessoas realmente amam a América. A história torna esse fato quase surreal, mas é absolutamente verdade. Para muitas pessoas, seu maior sonho é conhecer os Estados Unidos, nem mesmo imigrar, apenas visitar. Pega o cara da vigília noturna no estúdio que alugo em Saigon. Todas as noites ele ficava ali lendo livros em inglês. Mas ele não estudava inglês. Ele já havia dominado isso. Ele estudava história, cultura e costumes americanos, preparando-se para uma visita que talvez nunca acontecesse. Já ouvi versões dessa história inúmeras vezes, não só no Vietnã, mas ao redor do mundo. Existem centenas de milhões de pessoas, talvez bilhões, para quem a América representa esperança e aspiração, e a maioria delas nunca chegará perto disso. Tendo visto essa realidade tantas vezes, a ingratidão das pessoas que realmente a criaram é tão irritante. Você vê isso na hostilidade aberta de algumas dessas figuras, que ressentem-se do país que lhes deu tudo. Mas você também vê isso na traição silenciosa daqueles que fraudam o sistema. Essa fraude é roubo dos próprios anfitriões, dos contribuintes, de seres humanos reais que trabalharam duro, agiram generosamente e acolheram outros de boa fé, apenas para serem explorados. Para mim, é esse contraste entre aqueles que reverenciam a América de longe e aqueles que a saqueiam por dentro, que torna isso tão imperdoável.