Alguns comentários desagradáveis sobre o campo da economia que escrevi recentemente em um grupo de chat:

Este ano, tenho pensado muito sobre como o mundo ocidental se tornou tão disfuncional. Aqui está a minha história aproximada, uma melhor suposição: 1. A Segunda Guerra Mundial deu origem a um forte tabu contra o etnonacionalismo. Embora talvez no início esse tabu fosse valioso, com o tempo também contaminou discussões sobre diferenças raciais, nacionalismo e até mesmo o próprio QI, a ponto de verdades que pareciam totalmente óbvias para as pessoas da época da Segunda Guerra Mundial também se tornarem tabus. Não há mecanismo para que gerações subsequentes criem um conhecimento comum de que certos fatos são verdadeiros, mas utilitariamente tabus — elas simplesmente agem como se esses fatos fossem falsos, o que leva a políticas arbitrariamente ruins (por exemplo, acabar com processos de contratação meritocráticos como os testes de QI). 2. No entanto, esses tabus teriam gradualmente perdido poder se o ocidente (e os EUA em particular) tivessem mantido um estado de direito imparcial e liberdades constitucionais. Em vez disso, a politização da burocracia e do judiciário permitiu que eles se espalhassem. Isso foi possibilitado pela "revolução gerencial", sob a qual a burocracia governamental se expandiu massivamente em escopo e poderes. Em parte, isso foi uma resposta justificável à crescente complexidade do mundo (e a vários tipos de incompetência e nepotismo dentro dos governos), mas na prática criou uma classe de elites gerenciais que viam seu mérito intelectual como licença para impor sua ideologia sobre as pessoas que governavam. Essa classe ganha status ao sinalizar compromisso com crenças de luxo. Como crenças mais absurdas são sinais mais custosos de falsificar, a ideologia resultante é ativamente perversa (ou seja, apoia tudo o que está menos alinhado com seus valores centrais declarados, como o Hamas). 3. Em um nível ideológico, a revolução gerencial foi facilitada por uma espécie de espírito utilitarista sob o qual a expertise tecnocrática era considerada mais importante para os administradores do que a virtude ou a fidelidade à população. Isso pode ter sido uma resposta à perda de fé nas elites tradicionais após a Primeira Guerra Mundial. A perspectiva liberal iluminada queria manter uma ficção de igualdade, sob a qual os administradores estavam apenas fazendo um trabalho como qualquer outro, em vez de assumir os pesados privilégios e responsabilidades associados a relacionamentos (saudáveis) hierárquicos. 4. Em um nível econômico, as guerras mundiais levaram à centralização do poder estatal sobre a moeda e ao abandono do padrão ouro. Embora no início os governos tentassem preservar a ficção de que as moedas fiduciárias eram relevantemente semelhantes às moedas lastreadas em ouro, novamente não havia mecanismo para que gerações posteriores criassem um conhecimento comum do que realmente foi feito e por quê. O buraco negro da dívida estatal ocidental que nunca será paga cria distorções em toda a economia, com as quais poucos economistas realmente lidam porque estão emocionalmente comprometidos em pensar nos governos ocidentais como "grandes demais para falir". 5. Tudo isso gradualmente erodiu o forte senso de virtude (e respeito por pessoas virtuosas) que costumava ser comum. A virtude pode ser vista como um memeplex auto-replicante que incentiva o comportamento ético em outros — por exemplo, pessoas de alta integridade recompensarão outras por exibirem integridade. Isso é diferente do altruísmo, que recompensa os outros independentemente de sua virtude. De fato, muitas vezes é diretamente oposto ao altruísmo, uma vez que os altruístas favorecem desproporcionalmente as pessoas menos virtuosas (porque estão em pior situação). Como os consequencialistas pensam que a moralidade é essencialmente sobre altruísmo, muita filosofia moral ativamente mina a ética. Assim também faz a economia moderna, ao introduzir a suposição de que funções de utilidade representam preferências egoístas. 6. Tudo isso está acontecendo em um contexto de rápido progresso tecnológico, que facilita mecanismos de controle altamente desiguais (por exemplo, um punhado de pessoas controlando feeds de notícias globais ou valores de IA). A má notícia é que isso permite que ideologias se propaguem mesmo quando são perversas e internamente disfuncionais. A boa notícia é que isso torna a busca genuína pela verdade e a cooperação virtuosa cada vez mais alavancadas.

Keynes previu em 1930 que trabalharíamos 15 horas por semana até agora. As horas trabalhadas por adulto realmente diminuíram bastante—mas principalmente porque agora há muitos mais estudantes, aposentados e beneficiários de assistência social. Sem os subsídios extravagantes do governo para esses grupos, ele teria estado certo?