Adquirir riqueza pode parecer uma busca racional diante de um sistema aparentemente irremediavelmente quebrado demais para ser consertado. Mas isso é um erro catastrófico porque, mesmo que a riqueza não seja confiscada ou desvalorizada, as coisas que ela poderia comprar agora ou antes simplesmente desaparecerão, a qualquer custo.

Eventualmente, até o homem mais rico da África do Sul, do Brasil ou de qualquer paralelo que você use vai querer nada além de que seus netos consigam um emprego projetando foguetes espaciais, e isso será impossível, porque não haverá programa espacial nem dinheiro para construí-los.

A ideia de que podemos "superar" a disfunção como Elon Musk ou outros pró-IA acham é totalmente ao contrário, a menos que você ache que a IA vai tornar a humanidade totalmente obsoleta. A disfunção literalmente vive do crescimento! Crescer a economia a subsidia ainda mais e permite novas injustiças!

Acho que esses são motivos tanto irritantes quanto terrivelmente subestimados para não investir o esforço da vida em negócios. "Talvez a mensagem straussiana de Zero to One seja que não se deve se tornar empreendedor."

Você dedica sua vida a promover riqueza, progresso, prosperidade e tecnologia e o resultado final é que o governo dos EUA pode financiar 5 trilhões de dólares em fraudes em assistência social/ONGs por ano, em vez de 2 trilhões, enquanto você mora em um condomínio fechado com seus 3,2 netos. Parece inútil.

Ninguém se lembra das pessoas mais ricas dos últimos tempos de Roma, ou dos melhores construtores de aquedutos, cujos esforços foram, em última análise, em vão. Lembramos dos pais cristãos e mártires que lançaram as bases para o que veio a seguir e preservaram o pouco que retemos de Roma.

Também lembramos dos gloriosos senhores da guerra que destruíram Roma. Também válido.