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Os casos de fraude em Minnesota são reais. Mas não são novos, e não foram descobertos recentemente por influenciadores de direita.
Os promotores federais e o FBI começaram a investigar fraudes em larga escala ligadas a programas financiados pelo estado e pelo governo federal de Minnesota anos antes da eleição de 2024. O maior caso, Feeding Our Future, foi publicamente acusado em setembro de 2022, quando o Departamento de Justiça anunciou acusações alegando que dezenas de milhões de dólares em fundos de nutrição infantil durante a pandemia foram roubados. Desde então, mais de 50 réus se declararam culpados, com processos continuando até 2023, 2024 e entrando em 2025.
Em 2023, essas investigações já haviam se expandido além do Feeding Our Future para serviços de Medicaid, provedores de terapia para autismo, assistência habitacional e programas de cuidados infantis. O Auditor Legislativo de Minnesota, investigadores federais e veículos locais como o Minnesota Reformer, FOX 9, KSTP e outros estavam relatando falhas sistêmicas e investigações criminais ativas muito antes de a campanha presidencial de 2024 ter começado.
Durante a campanha de 2024, a mídia nacional e influenciadores políticos reformularam cada vez mais esses casos em torno do Governador Tim Walz. Veículos como a CNN exibiram segmentos destacando a fraude durante um ano eleitoral, muitas vezes sem afirmar claramente que as investigações, acusações e declarações de culpa começaram muito antes de Walz se tornar um alvo político nacional e muito antes de vídeos virais entrarem na história. Essa reformulação também alimentou o assédio direcionado à comunidade somali de Minnesota, com bairros inteiros, trabalhadores e famílias sendo pintados como suspeitos, apesar do fato de que os casos de fraude são questões criminais individuais, não culpa coletiva.
Esse contexto é importante quando influenciadores como @nickshirleyy se apresentam como se estivessem expondo algo oculto. Seu vídeo não inicia uma nova investigação ou revela informações desconhecidas para a aplicação da lei. Ele reembala um caso federal em andamento que já havia sido acusado, processado e amplamente relatado, e o apresenta como uma nova descoberta. Aparecer com uma câmera em centros de cuidados infantis, inserindo-se em uma investigação ativa e direcionando assédio a uma comunidade específica reflete uma séria falta de ética jornalística e responsabilidade moral básica.
A fraude deve ser processada e as pessoas que roubaram dinheiro público devem ir para a prisão. Mas a responsabilidade também requer honestidade sobre cronogramas, fontes e impacto. Transformar uma investigação criminal ativa envolvendo cuidados infantis em conteúdo viral durante um ano eleitoral, enquanto ignora anos de relatórios anteriores e enquanto comunidades inteiras enfrentam assédio como resultado, não é jornalismo. É propaganda de agitação.

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