“Os Rastejantes”, 1877. ‘Os Rastejantes’ eram os mais pobres entre os britânicos. Esta idosa viúva está sentada em frente a uma loja de alfaiate, segurando um bebê enquanto sua mãe trabalha. Ela recebia uma chávena de chá e uma fatia de pão diariamente em troca. A fotografia intitulada “Os Rastejantes” foi tirada em 1877 e captura uma das realidades mais duras da pobreza vitoriana em Londres. O termo “rastejantes” referia-se a algumas das pessoas mais destituídas da sociedade — muitas vezes idosos, viúvas ou deficientes, que eram demasiado frágeis para trabalhar e forçados a depender de migalhas de caridade para sobreviver. Eram chamados de “rastejantes” porque muitos estavam tão enfraquecidos pela fome, doença ou idade que só conseguiam mover-se lentamente, muitas vezes rastejando ou arrastando-se pelas ruas. Nesta imagem assombrosa, uma idosa viúva senta-se em frente a uma loja de alfaiate, embalando um infante. A mãe do bebê, provavelmente uma mulher da classe trabalhadora lutando para sobreviver, deixou seu filho aos cuidados da viúva enquanto trabalhava dentro. O pagamento da viúva por esta extenuante responsabilidade era ínfimo: uma chávena de chá e uma fatia de pão por dia. Esses arranjos eram comuns, pois a sobrevivência dos mais pobres dependia de frágeis redes de ajuda mútua e da caridade dos outros. Esta fotografia é mais do que um instantâneo, é uma janela para as esmagadoras desigualdades da sociedade vitoriana. Enquanto a Grã-Bretanha industrial gerava imensa riqueza, muitos de seus cidadãos estavam presos em ciclos de pobreza, vivendo dia a dia à beira da sobrevivência. Reformadores sociais mais tarde usaram fotografias como esta como evidência para pressionar por mudanças nas leis de habitação, saneamento e bem-estar, lançando as bases para as futuras redes de segurança social da Grã-Bretanha. © Historic UK #drthehistories