Eu estava prestes a me arrumar para um evento quando minha filha adormeceu no meu peito. E naquela quietude, ficou cristalino: não há outro lugar no mundo onde eu preferiria estar do que aqui, neste momento, com ela. A vida se desenrolou enquanto eu estava ocupado fazendo outros planos, planos para mudar sistemas, lutar pela soberania econômica, impulsionar o Bitcoin, reformar e um futuro no qual ainda acredito com cada fibra do meu ser. E ainda assim, estar com ela nesses últimos nove meses me mostrou algo igualmente profundo: é exatamente isso que sonhei muito antes do Bitcoin, da política, antes das campanhas, antes das batalhas. Sim, perdemos um momento. O Suriname perdeu a chance de avançar mais rápido, em direção a um dinheiro sólido, à dignidade, em direção a um sistema que serve seu povo em vez de extrair dele. Isso ainda importa, e esse trabalho não acabou. Mas nada; nenhuma campanha, nenhum título, nenhuma vitória, teria valido a pena perder isso. Eu não perdi meu propósito. Ganhei clareza. A luta por um futuro melhor continua, agora com ainda mais razão, ainda mais determinação e uma compreensão mais profunda do que estamos construindo isso.