Por isso, muitas pessoas exaltam o vibe coding, até mesmo ligando o vibe coding aos super indivíduos, acreditando que saber programar e criar ferramentas para resolver alguns problemas é algo impressionante e notável. Na verdade, eu não concordo com isso. Em termos simples, o que você está fazendo com vibe coding é algo que um programador competente conseguiria escrever facilmente antes da IA, sem precisar de ajuda. A grande maioria das pessoas está apenas criando ferramentas de eficiência pessoal, o que equivale a codificar algumas ações do dia a dia. E a verdadeira barreira na indústria de software é o negócio, é o projeto. Nas grandes empresas, o uso de IA para auxiliar no desenvolvimento começou a se popularizar logo após o surgimento do GPT, pois pode economizar muito trabalho humano. Por que não usar? Mas os projetos da Huawei vão fazer isso por você? Os projetos da Alibaba vão fazer isso por você? Muitos projetos de empresas estatais e departamentos governamentais não podem ser conquistados sem um pouco de conversa e bebida. Sem as qualificações necessárias, você nem consegue entrar nas licitações. Sempre foi assim: a tecnologia não vale muito, o negócio vale, as qualificações valem. No futuro, será a mesma coisa; a tecnologia continuará a não valer muito, mas outras barreiras de natureza mais suave, que as pessoas comuns, não importa o quanto saibam sobre vibe coding, não conseguirão ultrapassar. Eu pensei muito sobre por que não programadores que praticam vibe coding frequentemente ampliam seu ego, achando que podem fazer qualquer coisa, acreditando que a indústria de software será revolucionada. Acredito que a razão pode estar, por um lado, na falta de compreensão das verdadeiras barreiras da indústria de software, e por outro lado, na natureza humana. A indústria de software tem muitas barreiras, e a natureza humana faz com que, ao aprender algumas coisas, as pessoas tendam a exagerar, a amplificar infinitamente. Por exemplo, depois de malhar, alguém pode olhar para seus bíceps e achar que pode derrubar um elefante com um soco. É a mesma lógica.