Algo que deve ser absolutamente dito sobre Van Jones, que disse famosamente 'bebê morto de Gaza, bebê morto de Gaza', enquanto imitava um movimento de rolagem no repugnante programa de Bill Maher, e Sarah Hurwitz dizendo que não pode falar com jovens judeus por causa de 'uma parede de crianças mortas' em alguma conferência judaica: Ambos empregam a mesma técnica astuta. Ambos mencionam as crianças mortas de Gaza que a humanidade tem testemunhado nos últimos 2 anos, mas ambos o fazem de uma maneira em que as crianças não são o assunto do que querem dizer. O que ambos pretendem discutir é a suposta má interpretação geral de Israel e suas ações. Para ambos os oradores, as crianças mortas são secundárias à imagem de Israel; elas são apenas referenciadas casualmente como uma causa de ódio irracional e injustificado por Israel. Só que isso é uma manobra muito sinistra: crianças mortas são sempre o principal assunto de qualquer conversa em que são mencionadas, especialmente agora, e os dois sabem disso muito bem. Então, o que estão fazendo - fingindo usar as crianças mortas de Gaza como uma ferramenta retórica, como se de maneira casual, é na verdade uma tentativa intencional de normalizar o assassinato em massa de crianças palestinas por Israel. Eles estão quebrando o tabu em torno do assassinato de crianças ao mencioná-lo sem se concentrar nele. Eles não podem dizer 'crianças árabes mortas não são grande coisa' diretamente, então dizem isso de forma indireta, trazendo à tona de maneira leve, desprovida de qualquer reconhecimento do horror que inspiram. Este tratamento casual é seu principal propósito. É assim que normalizam crianças mortas. O sionismo passou da negação (combinada com ostentação) para tentar conter a raiva, tirando o veneno do fenômeno que quebrou o coração da humanidade em um milhão de pedaços. - Devemos saber que não teremos descanso até que o sionismo seja deslegitimado e jogado na instalação da história para lidar com resíduos tóxicos.